Indications and limitations for partial laryngectomy in supraglotic cancer

Kirchner, John A

RESUMO

Os resultados do tratamento do câncer da supraglote variam muito segundo a intituiçäo. Muitas das discrepâncias devem-se à näo uniformidade da terminologia. Algumas vezes säo incluídos na categoria de tumores supraglóticos lesöes que comprometem inferiormente além do ventrículo laríngeo e da comissura anterior, ou que apresentam fixaçäo da corda vocal ou tumores primitivos da valécula. Maior confusäo existe ainda ao se analisar e reportar casos de falha da radioterapia tratados por cirurgia de resgate como "tratamento combinado". Tumores volumosos, como aqueles com invasäo do espaço pré-epiglótico, devem ser tratados por cirurgia, uma vez que o pobre suprimento sanguíneo desta área ocasiona vaixa oxigenaçäo das células, tornando-as radiorresistentes. O espaço pré-epiglótico pode ser ressecado completamente pela laringectomia horizontal supraglótica e pela laringectomia total. A cirurgia de resgate após falha da radioterapia geralmente deve ser laringectomia total, devido ao alto risco de condrite, necrose e fístula, quando é realizada a laringectomia horizontal supraglótica. Carcinoma da supraglote näo invada a cartilagem tiróide. Conseqüentemente, o deslocamento do pericôndrio externo da asa desta cartilagem para usar na reparaçäo da faringotomia é oncologicamente seguro. Na eventualidade de haver uma área suspeita, exame de congelaçäo deve ser realizado, e se houver câncer é obrigatória a realizaçäo de laringectomia total. Nesses casos, o exame cuidadoso da peça operatória geralmente mostra que o limite inferior do tumor "supraglótico" invade inferiormente além do ventrículo ou da comissura anterior. A infiltraçäo de carcinomas com invasäo do espaço pré-epiglótico é, por algum tempocontido pelos tecidos fibroelásticos, o que lhes confere aspecto de crescimento expansivo, permitindo obter-se do hióide possibilita fechamento mais seguro da faringotomia e reabilitaçäo da deglutiçäo mais precocemente